sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Acostumando com a idéia


Por Daniel Clós Cesar

Há uns 6 anos atrás perdi minha avó materna. Era a primeira vez que um parente próximo falecia. Não fui ao enterro, não vi o caixão... nem mesmo entrei no cemitério. Uns dois anos mais tarde falecia minha avó paterna. O mesmo cemitério, e só consegui entrar na capela funerária poucos instantes antes do caixão ser fechado. Vi seu corpo de longe.

Nos últimos dois anos faleceram meus avôs. No primeiro consegui entrar na capela, vi seu corpo e consegui ficar próximo das pessoas que ali o estavam velando. Há pouco mais de 6 meses, no enterro do último avô, não apenas fui capaz de entrar na capela, mas de ser o orador do funeral. A primeira coisa que eu devia fazer, no último lugar em que eu deseja estar.

Obviamente não me acostumei com a morte. Não é uma sensação agradável e não existe forma de se aceitá-la de forma indifirente. Ainda que nossa fé esteja alicerçada na eternidade dos santos, a perda física/temporal de um ente é momentâneamente devastadora. Momentânea para aqueles que tem sua esperança no Senhor, é claro.

Penso agora então no pecado. Penso nas "invencionices" do neo-cristianismo averso à doutrina e adepto do judaísmo-gospel e da manipulação do texto sagrado.

Sob pretexto de que inovar é responder à voz do Espírito Santo. Pastores, ex-pastores (agora apóstolos), levitas(?) e homens-ministério tornaram-se um canal de abastecimento de um evangelho torto e com propósitos carnais.

A visão... ou nova visão destes homens e mulheres, transforma o mundo em terra prometida. Transformam a "parábola" do Peregrino de Bunyan em heresia ou fundamentalismo (em sua versão pejorativa). Tornam a Justiça de Deus tão falível quanto a do homem... tão suja quanto pode ser nossa mais pura verdade.

Milhares estão se acostumando com a idéia de que isso é Evangelho. De que essa foi a pregação de Cristo e esse foi o Seu propósito na Cruz. Não grupos de fãs, mas igrejas, mega-igrejas, erguem suas torres de glória em torno desses mundanismos. E muitas, que antes proclamavam o nome de Deus, hoje proclamam o nome de seus líderes e asseclas mais distintos.

Estou cansado de "adivinhos". Estou cansado de pessoas populares, ricas desse mundo e mentamente perturbadas, dominando púlpitos e pessoas sem Cristo, em nome de Cristo. Estou farto de tanta burrice teológica, tanta infantilidade, tanto leite tépido e com prazo de validade expirado sendo servido como fonte de vida.

No entanto não creio que os verdadeiramente salvos, aqueles a quem Deus desde a eternida já ecolheu, venham a se perder. Não temo pela vida deles. Elas estão protegidas no Senhor.

Estristece-me sim, o fato de que o precioso nome do Senhor seja usado como título de carnê profético, tour de cruzeiro e motivo de piada... não em programas de humor, mas em igrejas ditas cristãs.

Lamentável... mas muito mais do que esperado.

"...nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios"

(Apóstolo Paulo, ensinando a Timóteo, o que é ser um verdadeiro cristão)
Fonte: Pulpito Cristão via Portal UMP Lagarto

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